A doença de Alexander é um distúrbio raro
provocado por uma mutação no gene que codifica o NADH: ubiquinona oxirredutase
flavoproeteína-1. A transmissão da doença é autossômica dominante. A maioria
dos neonatos afetados representa novas mutações. A doença pertence ao grupo das
leucodistrofias, ou seja, é uma doença que afeta a substância branca cerebral
que é composta, entre outras estruturas, por células designadas de astrócitos.
É nestas últimas que decorre o processo patológico que leva à doença.
No passado, o diagnóstico dependia de autópsia. As
características clínicas foram expandidas com a precisão do diagnóstico ante mortem. São identificadas formas
infantis, juvenis e adultas. A forma infantil é a mais comum. (Piña Garza, J.Eric. 2000, p.130).
O início se dá a
qualquer momento desde o nascimento até o início da infância. Em média, nas
formas infantis, a idade de início da doença é aos seis meses e a sobrevivência,
após o diagnóstico, é em média de 2 anos e 4 meses. Os lactentes afetados
exibem interrupção e regressão do desenvolvimento psicomotor, aumento do crânio
secundário à megalencefalia, espasticidade e convulsões. A megalencefalia pode
ser a característica inicial.
Diagnóstico: Anomalias extensivas da substância
branca cerebral com preponderância frontal, uma borda periventricular com
redução da intensidade do sinal nas imagens ponderadas em T2 e intensidade de
sinal elevada nas imagens ponderadas em T1 (que traduzem a hiperplasia e
hipertrofia dos astrócitos e a deposição de elevado número de fibras de
Rosenthal), anomalias dos gânglios basais e do tálamo, anomalias do tronco
encefálico, particularmente as que envolvem o bulbo e o mesencéfalo e a
intensificação do contraste em um ou mais dos seguintes: revestimento
ventricular, margem periventricular, substância branca frontal, quiasma óptico,
fórnice, gânglios da base, tálamo, núcleo denteado, tronco encefálico. Não existe tratamento para esta
doença.
Faz se necessário o acompanhamento do enfermo ao neurologista e o
tratamento é de suporte.
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